sábado, 16 de julho de 2011

Erika e Kun

Pense em acordar em um quarto de hotel em pleno nascer do sol com a luz do astro-rei em seu rosto, seria fácil imaginar, mas tente acrescentar a palavra amnésia nesta lista de esquisitices, exato acordar em um quarto de hotel sem saber onde está, como foi parar ali naquele lugar, e sem saber quem é você. Difícil acreditar, mas esta historia aconteceu com um jovem rapaz que, pela aparência, não deveria passar dos 22 anos com sua calça totalmente velha e rasgada e vestindo uma blusa que tinha mais buracos que pano a única coisa que parecia parcialmente nova era um sobretudo preto que estava pendurado na cabeceira da cama, parecia couro e ele não sabia se era dele ou não, então resolveu levantar apoiou na cama seu braço direito, mas desabou, dor, muita dor olhou em seu braço um ferimento enorme como fez aquilo? Não sabia, resolveu não ligar para isso só tinha uma pergunta para responder, com algum esforço conseguiu levantar, pegou o casaco e vestiu que quase arrastava no chão, mas parava encostando de leve em suas botas negras pesadas depois disso saiu do quarto e olhou no corredor onde não viu mais nenhum quarto alem do seu, virou-se e viu uma escada, seu quarto deveria ser no primeiro andar acima do térreo, desceu-a, era velha, de madeira e quase se desintegrando teve que descer devagar e com cuidado, olhou na recepção, não havia ninguém, onde estava? Resolveu então sair do prédio e parou em uma calçada, mas ninguém olhava pra ele todos pareciam estar apressados ou apenas andando, porém, mesmo assim não ligavam para ele. Resolveu seguir a multidão. Começou a andar e a desviar das pessoas, até que viu um beco, bem sujo e fedido, uma garota e um homem. Ela estava gritando dizendo “calma, calma”, já o homem estava nervoso e com um tipo de cano preto na mão apontando para a, moça e nosso herói não sabia se ajudava ou se continuava, todavia antes de decidir já estava andando em direção ao agressor, não sabia o que ia fazer, mas aquilo não podia continuar daquele jeito.
  - Você ai - gritou ele – Para com isso e deixa-a em paz.
  Jeff Gordon era um assaltante meia boca, que já tinha sido preso uma vez na adolescência por pichar o muro da casa de verão do prefeito, depois disso começou a fazer crimes pequenos como assaltar jovens inocentes em becos, já fazia isso há algum tempo, mas em todos esses assaltos ele nunca tinha visto aquilo.
- Como é que é? – ele apontou a arma para o metido a salvador do dia- quem você acha que é seu imbecil? – ele desviou a atenção da jovem por um momento, que logo tentou fugir, mas Jeff se virou para ela- você fica ai! Eu acabo com esse idiota e depois com você.
Neste período o jovem se concentrou no pequeno cano preto que o ladrão carregava e que já o haveria mirado para varias direções, inclusive para ele, porém, era só um cano simples do que ele precisava ter medo?
  Jeff voltou sua atenção para o bom samaritano, apontou a arma para ele, apesar de ser um assaltante há anos nunca havia matado alguém, por isso demorou um pouco para se recuperar e mais um tempo para saber que o jovem não estava lá e sim abaixado na sua frente lhe dando um soco que quase estourou seus rins, não pode segurar, largou a arma e caiu no chão desacordado, o seu único pensamento era saber apenas quem era aquele cara.
O jovem não conseguia entender, simplesmente correu e aplicou um soco na barriga do criminoso, mas algo lhe fez perceber que fizera isto muito maior que ele tinha achado, como se tivesse em uma super velocidade e uma super força, mas não tinha corrido tão rápido e não tinha utilizado toda sua força naquele soco, mas o homem estava lá caído, desacordado, morto. Decidiu correr para fora dali queria esquecer o que tinha acontecido. Enquanto andava de novo pela calçada das pessoas apressadas deu uma pequena olhada para trás e viu a garota que acabara de salvar correndo em sua direção gritando desesperadamente:
 - Espera ai, você, espera, por favor! – ele não teve escolha parou e esperou a garota se aproximar – Puxa você é realmente rápido!-
- O que você quer?-
- Quero lhe perguntar por que fez aquilo?-
-Não sei, quando percebi já estava lá. -
-Bom… Obrigada pela ajuda. -
Ele se virou e quando ia continuar andando sua dor no braço voltou com força total, não agüentou disfarçar e teve que segurar o ferimento com a mão direita e dar um pequeno gemido. A garota percebeu que tinha alguma coisa de errado e foi ver o que estava havendo.
- O que foi que houve?-
-Ah! Dor… Braço. – A dor não diminuía, a garota o segurou, com alguma força empurrou o braço dele, e o fez abaixar, ela retirou o sobretudo preto, e pelo rasgo da camisa vê o machucado, mas não era um pequeno machucado, era um ferimento enorme, o maior que ela já tinha visto.
- Meu Deus como fez isso?-
- Não… sei!-
-Tudo bem eu tenho um consultório medico ali na esquina vou ajudá-lo. Ela o pegou pelo braço com cautela e o levantou.
Com muito esforço eles chegaram ate o consultório da garota.
- É aqui, vem entra senta ali eu vou buscar a sutura. -
- O que?-
- Vou ter de dar pontos nisso –
Ele não estava com medo dos pontos, e sim que ele não sabia o que era essa tal de sutura. Pouco tempo depois ela volta usando um avental branco e uma maleta. Ele retirou o sobretudo e a camisa mostrando um corpo perfeito e musculoso que a garota admirou muito.
- Uau!-
- Que foi?-
-Nada não vamos começar- ela começou a operação – desculpe, mas eu não tenho anestesia-
-Tudo bem- na verdade ele não sabia o que era anestesia mas realmente ele não sentiu muita dor ou pelo menos não como a que ele estava sentindo antes daquilo tudo acontecer só, mas no meio da cirurgia a garota estava achando tudo muito quieto resolveu puxar assunto:
- Então qual o seu nome?-
- Se eu te disser que não sei vai achar estranho?-
- Como assim?-
- Eu não me lembro de nada desde esta manhã. -
- pode ser Amnésia-
- O que é isso?-
- Não se lembra de nada?-
- É de nada-
- Então é amnésia. -
- Bom deve ser-
Nesta hora ela acaba de dar os pontos no ferimento:
-Puxa, você não gritou!- ela se surpreende- bom já que é assim você precisa de um nome.
-Alguma sugestão?-
Ela tenta achar inspiração no consultório, mas nada, ela olha pela janela e vê um caminhão passando com um adesivo escrito: hyugai enterprises ela depois olha na placa do caminhão e esta as siglas K U N:
-Já sei- diz ela animada
-Então qual é?-
-Kun Hyugai-
Ele olha com uma cara que não entendeu.
-Não tinha outro melhor?-
- Não-
-Bem, tudo bem então-
- Então muito prazer Erika Thompson-
-Muito prazer sou Kun Hyugai.

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